Hoje, a capital tem 31 órgãos dentro das regiões administrativas
O protagonismo das administrações regionais (ARs) é uma das principais promessas de campanha do governador eleito Ibaneis Rocha (MDB). Embora tenha prometido anunciar o nome dos gestores das instituições somente em 1º de janeiro, o novo chefe do Executivo já tem como meta ampliar o número de órgãos existentes. Depois de planejamento junto à equipe de transição, ficou decidido que o DF terá 34 sedes nas regiões: três a mais que as 31 existentes.
Serão criadas as administrações de Arniqueiras, do Sol Nascente e Pôr do Sol, e do Arapoanga. Estuda-se ainda um órgão específico para o Itapoã, mas essa possibilidade será firmada ao longo do governo. A necessidade de estabelecer instituições específicas nesses lugares ocorre, segundo a equipe de Ibaneis, devido ao papel a ser desempenhado. A intenção é ter ARs com autonomia, voltadas para a realidade das cidades.
De acordo com Ibaneis, esses são locais que têm mais habitantes do que a grande maioria dos municípios brasileiros: “Cada um tem suas necessidades, que precisam ser resolvidas rapidamente. Há uma concentração muito grande de demandas em cidades como Ceilândia e Planaltina”, afirmou o governador eleito.
Desde novembro, a equipe de transição trabalha no mapeamento das regiões. Porém, todas as indicações para ocupar as cadeiras número 1 das administrações serão indicadas em 1º de janeiro, após a posse dos deputados distritais, para evitar conflitos em nomeações.
O futuro governador quer fazer um remanejamento nas administrações a fim de agilizar as demandas. Parte dos funcionários que está em atividades administrativas, de meio, terão as funções alteradas. A ideia é levar os servidores para a ponta, ao atendimento direto dos moradores.
Para isso, a intenção é criar quatro unidades administrativas. Nelas, serão lotados os funcionários que prestam o serviço burocrático interno, de recursos humanos, planejamento e apoio administrativo. Elas resolverão essa parte de todas as 34 administrações regionais.
O governador ainda não divulgou qual será o custo para criar as unidades e como os funcionários serão alocados. No entanto, o doutor em economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e professor da Universidade de Brasília (UnB) Newton Marques faz um alerta: o Executivo precisa detalhar de que forma o projeto será executado.
Os primeiros administradores a assumir os cargos devem ficar no comando até que o governo consiga aprovar o novo modelo de eleição para os gestores. A ideia de Ibaneis é fazer as eleições por meio de lista tríplice. Porém, ele precisa definir o modelo e ter a aprovação da Câmara Legislativa. Recentemente, uma uma lei foi aprovada pela CLDF com a previsão da modalidade. A autoria é do distrital Chico Vigilante (PT).
Em 15 de dezembro, a Câmara Legislativa derrubou o veto do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e tornou lei o projeto que prevê eleições para administradores regionais. Porém, ela será questionada pela equipe de Ibaneis Rocha. Para o futuro secretário-chefe da Casa Civil, Eumar Novacki, a lei é inconstitucional.
Segundo ele, a equipe do ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal (OAB-DF) já elabora um documento com os parâmetros e critérios técnicos desejados. “Estamos estudando como será feito. Há uma proposta de lista tríplice ou sêxtupla para que o governador tenha liberdade de escolher entre os melhores currículos”, afirmou Novacki,
Fonte: Metrópoles
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